Cerca de 400 presos já foram beneficiados pelo projeto Prision Smart Fotógrafo: André Gomes de Melo |
POR :Virgínia Cavalcante
Ioga e meditação são duas das técnicas usadas pelo programa Prision Smart, criado pela Fundação Arte de Viver, na reabilitação de detentos do presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão, na zona norte. Com benefícios posturais e emocionais, as atividades contam com o apoio da Secretaria de Administração Penitenciária e já beneficiaram cerca de 400 presos, desde novembro de 2010.
- Este projeto é muito importante para os internos, pois a prática de aula de ioga e meditação acalma o homem e o faz ficar com a mente mais tranquila.
Esses conhecimentos adquiridos contribuem para o período que estiverem no cárcere – disse o secretário de Administração Penitenciária, Cesar Rubens Monteiro.
As aulas acontecem semanalmente, durante três horas, em uma cela ampla, com colchonetes apropriados para as atividades.
O programa Prision Smart oferece ferramentas e ensinamentos práticos para o gerenciamento do estresse e redução da violência no sistema prisional.
De acordo com a coordenadora do programa, Carolina Jourdan, o objetivo é expandir a iniciativa para outras unidades do Estado.
- O próximo passo é levar as aulas para a Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4). Muitos destes alunos, após conquistarem a liberdade, continuam a frequentar o nosso programa.
Nos internos, vejo o aumento da autoestima, da confiança e da capacidade de tomar atitudes positivas.
A diferença é total, pois eles começam a experimentar os sentimentos de amor e gratidão.
Esta é a nossa inspiração em continuar – explicou.
Fotógrafo: André Gomes de Melo |
Detentos aprovam
Para o preso Anderson Fernandes, de 45 anos, as técnicas aprendidas no curso o ajudam a se tornar uma pessoa melhor.
- Torço sempre para que o tempo passe bem rápido para que os dias das aulas cheguem. Dentro das celas, as pessoas percebem como o curso faz com que fiquemos mais calmos e com maior concentração – falou.
Condenado a 14 anos de prisão, Luiz Henrique Almeida contou que as técnicas de ioga e meditação foram as responsáveis por transformar a sua visão de enxergar o mundo e a si próprio.
- Antes, eu era bastante nervoso e impaciente. Com o tempo pude me conhecer melhor e pensar muito antes de agir.
Ao acabar de cumprir a minha pena, levarei o que aprendi no curso para toda a minha família. Ter equilíbrio é tudo – concluiu.
Fonte: Governo do Rio de Janeiro
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