Se você tiver consciência das coisas exteriores – a curva da estrada, a forma de uma árvore, a cor da roupa de outra pessoa, o contorno das montanhas contra o céu azul, a delicadeza de uma flor, a dor estampada na face de um transeunte, a ignorância, a inveja, o ciúme dos outros, a beleza da Terra – então, vendo todas essas coisas exteriores sem condenação, sem escolha, você pode deixar-se levar pela maré da consciência interior.
Você terá, então, consciência das suas próprias reações, da sua própria mesquinhez, dos seus próprios ciúmes.
A partir da consciência exterior, você chega à interior; mas se você não tiver consciência do externo, não poderá chegar ao interno...
Quando há consciência interior de cada atividade da sua mente e do seu corpo; quando você tem consciência dos seus pensamentos, dos seus sentimentos, tanto secretos quanto patentes, conscientes e inconscientes, então desta consciência surge uma clareza que não é induzida, não é construída pela mente.
O autoconhecimento é o começo da sabedoria.
No autoconhecimento está o universo inteiro; ele abrange todas as lutas da humanidade.
J.Krishnamurti - This Matter of Culture p 113
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