Comumente, associamos a felicidade com algum motivo ou acontecimento, que age como uma mola propulsora a um estado de bem estar, alegria etc.
Adquire-se um carro, uma casa, termina uma graduação, recebe um elogio, reconhecimento, conhece alguém especial, uma viagem, um livro, um presente e assim por diante.
Toda essa coisas, naturalmente tem seu valor, faz parte de nossa experiência, amadurecimento e crescimento pessoal.
Cada acontecimento, traz à tona a felicidade, e podemos comparar, como o jogar uma pedra em um lago tranquilo.
O sentimento de felicidade, seriam as ondas, que se formam ao redor do objeto jogado e este estado de bem estar, tem um tempo de duração, um prazo de validade, que dura enquanto dura a onda e ao acabá-la, precisamos de um novo impulso, jogar um novo objeto e produzir uma nova onda ou movimento.
As pessoas, que estão mais polarizadas nos primeiros chacras, tem necessidade de atirar nesse lago, coisas ou conquistas materiais e estão constantemente comprando, trocando, renovando, pelo prazer que isto provoca; e os que estão mais polarizados nos últimos chacras, normalmente buscam este impulso, numa experiência ou conquista espiritual.
A felicidade da experiência ou do objeto conquistado, dura enquanto dura a onda e o espaço entra uma onda e outra, muitas vezes, é um vazio, tédio, frustração.
Existe uma outra felicidade, que vamos chamá-la de felicidade sem motivos, porque ela simplesmente brota sem um impulso exterior e vamos compará-la, como uma fonte ou nascente, que por si só, se impulsiona e produz a sua onda ou movimento.
Me recordo da primeira vez, que senti esse estado, ao chegar no trabalho, uma pessoa me indagou:
- Qual é o motivo de você estar tão feliz?
Aquela pergunta me pegou de surpresa, porque apenas havia falado um bom dia a ela, respondi:
- Não sei, não tem nenhum motivo.
Isso levou-me a refletir ... porque precisamos de motivos para sermos felizes? Ou porque condicionar a nossa felicidade ou bem estar a impulsos ou acontecimentos externos?
Quantas pessoas, que não condicionam sua felicidade, ao um nível de exigência tão grande, a uma meta a ser alcançada e vivem amarguradas, mal humoradas, tristes?
Voltando a nossa analogia, a felicidade sem motivos, é a nascente que move por si mesma e a felicidade condicionada a motivos, é como o lago, que precisa de fatores externos para provocar as ondas ou movimentos e a beleza de tudo isso, é que o lago é da mesma natureza da fonte, ou a fonte é a sua origem e através do autoconhecimento, podemos chegar a ela.
Mas, como chegar ou experimentar a felicidade sem motivos?
Tenho experimentado esse estado ou melhor tem brotado de uma forma espontânea, após práticas de meditação.
Na atualidade, a ciência tem cada vez mais, comprovado, os benefícios da meditação e podemos vez alguns resultados desses benefícios
AQUI, e por isso vale a pena tirar algum tempo do dia, para desfrutar dessa prática.
A felicidade sem motivos, a inspiração, o ânimo, a criatividade, a vontade de viver e uma série de insights, são os resultados iniciais e palpáveis dessa prática.
Para encerrar, Krishnamurti, disse uma certa vez, que é uma ilusão buscar um sentido para vida, porque a vida por si só já basta e o mesmo parece acontecer em relação a felicidade; parece ser uma ilusão também buscá-la condicionada a alguma coisa, melhor acessá-la ou deixar ela brotar de uma forma espontânea, dessa forma ela estará presente em tudo e fará os movimentos necessário a vida.