Todos conhecem gente com alguns dos traços que caracterizam um narcisista perverso – para não dizer nós mesmos. Estão alinhados com a sociedade do “eu”, que é calcada na ambição, conquista, autoconfiança, autopromoção e autoestima. E na qual temos, literalmente sempre à mão, uma ferramenta para registrar e mostrar à plateia nossos feitos, que serão curtidos, comentados, compartilhados.
Tudo isso engloba o narcisismo, mas não necessariamente a doença: ela só existe quando cinco ou mais das características descritas no DSM-5 (sigla em inglês para Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) se manifestam de forma consistente a partir da idade adulta. Sendo assim, aquele chefe que tanto se acha pode ser só um babaca. Ou, de fato, um narcisista perverso, caso manipule pessoas e situações a seu favor, acredite ser essencial para a existência da empresa (ou do mercado) e humilhe quem está a sua volta para garantir destaque.
Segundo o manual, a incidência do problema pode ser maior entre os homens.