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domingo, 24 de novembro de 2013

Pode-se ser a luz para si mesmo?



Aceita-se a palavra, a explicação, porque ela conforta; a crença conforta quando há sofrimento ou um estado de ansiedade. 

As explicações dadas por filósofos, psicólogos, sacerdotes, gurus, professores - é nessas coisas que as pessoas se baseiam para viver; o que significa que se vive uma vida de segunda mão e estão satisfeitas... 
Lê-se muito sobre o que outras pessoas pensaram, vê-se pela televisão o que está acontecendo.

 É sempre outrem, alguém lá fora, que diz o que se deve fazer. 

Com isso, a mente atrofia-se e está-se sempre vivendo uma vida de segunda mão. Alguém já se perguntou: "Posso ser uma luz para mim mesmo - não a luz de outrem, a luz de Jesus ou de Buda? 

Pode-se ser a luz para si mesmo? 

Isso quer dizer que não há sombra, pois ser uma luz para si mesmo significa que esta não é apagada por nenhum meio artificial, por circunstâncias, por tristeza, por acidente.

 Pode-se ser isso para si mesmo? Sim, mas só quando a mente não é desafiada porque está completamente desperta. A maioria de nós, entretanto, necessita de desafios, porque a maioria de nós está adormecida - adormecida porque fomos adormecidos por todos os filósofos, por todos os santos, por todos os deuses, sacerdotes e políticos. 

Adormece-se uma pessoa e ela não sabe que está adormecida: pensa que isso é normal.

 Um homem que quer ser a luz para si mesmo tem que se libertar disso tudo. 

Pode-se ser a luz para si mesmo somente quando não há "eu". Então, essa luz é a luz eterna, perene, imensurável. 

Krishnamurti. A importância de ser uma luz para si mesmo: http://goo.gl/0TXctg

Vídeos: O Eu : http://goo.gl/iFjXBK 

 Liberte-se do Eu : http://goo.gl/EhHDQz

Observação

"O homem não pode atingir a verdade por intermédio de nenhuma organização, de nenhum credo.

 Tem de encontrá-la através do espelho do relacionamento, através da compreensão dos conteúdos da sua própria mente e através da observação."

 Jiddu Krishnamurti

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Observador é o Observado

Uma imagem, como o observador, observa dúzias de outras imagens em sua volta e dentro de si mesmo, e diz, "Eu gosto desta imagem, vou mantê-la" ou "Não gosto desta imagem então vou descartá-la", mas o próprio observado foi construído pelas várias imagens que surgiram pela reação à várias outras imagens. Então chegamos ao ponto em que podemos dizer, "O observador é também a imagem, apenas se separou e observa". 

Este observador que surgiu pelas várias outras imagens pensa em si mesmo como permanente e entre ele mesmo e as imagens que ele criou existe uma divisão, um intervalo de tempo. Isto cria conflito entre ele mesmo e as imagens que ele crê serem as causas de seus problemas. Daí ele diz, "Devo me livrar desse conflito", mas o próprio desejo de livrar-se do conflito cria outra imagem.

 A consciência de tudo isto, que é verdadeira meditação, revelou que existe uma imagem central formada por todas as outras imagens, e a imagem central, o observador, é o censor, o experimentador, o avaliador, o juiz que quer conquistar ou subjugar as outras imagens ou destruí-las completamente. As outras imagens são o resultado de julgamentos, opiniões e conclusões do observador, e o observador é o resultado de todas as outras imagens – portanto o observador é o observado. - 

J.Krishnamurti





A divisão entre o observador e o observado.

 Há uma divisão entre o observador e o observado; isto é, você olha para a vida como um observador, como algo separado da sua vida. Certo? 

Então, há uma divisão entre o observador e o observado. Essa divisão é a essência de todo conflito, a essência de toda luta, dor, medo, desespero. Onde houver divisão entre os seres humanos – a divisão das nacionalidades, a divisão das religiões, as divisões sociais – tem de haver conflito. 

Isso é lei, isso é razão, lógica. Há o Paquistão de um lado e a Índia do outro, guerreando entre si. Você é brâmane e outro é não brâmane, e há ódio, divisão.

Então, essa divisão exteriorizada, com todos os seus conflitos, é a mesma que a divisão interior, aquela entre observador e observado. 

Você compreendeu isso? Se você não compreende isso, não pode prosseguir, pois a mente que está em conflito é uma mente torturada, uma mente deformada, uma mente distorcida.

 J.Krishnamurti

domingo, 3 de novembro de 2013

As vozes do EGO no filme: REVOLVER

Técnicas de relaxamento

Contemplação

Aprenda a meditar

A verdadeira reencarnação


Cabe-lhe também descobrir o que é a morte — não no último minuto, prostrado pela doença, inconsciente, sem lucidez; a isso todos estamos sujeitos: velhice, doença e morte. Impende-nos descobrir o que é a morte enquanto está novo, vigoroso, ativo, frequentando diariamente seu escritório e de lá voltando para casa — sua “prisão particular”.

 O organismo pode durar mais, conforme a espécie de vida que levamos. Se nossa vida, do nascimento à morte, é uma batalha, o corpo se desgasta mais rapidamente. O coração está sujeito a constante tensão. Isso é um fato incontestável. Para se descobrir o que é a morte, não deve haver medo; e a maioria de nós teme a morte, deixar nossas famílias, largar as coisas que acumulamos, ou nossos conhecimentos e nossos livros. Não sabendo o que acontece ao morrermos, a mente — isto é, o pensamento — diz que deve haver outra espécie de vida. A vida deve continuar de alguma maneira, nossa vida individual. Eis aí toda a estrutura da crença — da sua crença na reencarnação. O que é que renascerá na próxima vida: sua acumulação de conhecimentos, seus pensamentos e atividades, as ações belas ou feias que praticou? 

Se você acredita realmente em karma, então, o que importa é o que agora, nesta vida, você faz, como agora se comporta, porque na próxima vida pagará suas culpas. Assim, se realmente você se acha enredado nessa crença, deve prestar toda a atenção a sua vida de agora. 

Cabe-lhe descobrir o que significa morrer — não fisicamente, que é inevitável — morrer para tudo o que conhece, para sua família, seus apegos, para todas as coisas que você acumulou, para seus acostumados prazeres e temores, morrer a cada minuto, para você ter sempre uma mente nova, pura e, por conseguinte, “inocente”. Haverá, assim, “encarnação” em cada novo dia. 

Encarnar todos os dias é muito mais importante do que encarnar na vida futura. Essa “encarnação” lhe dará uma mente sobremodo “inocente”. A mente “inocente” nunca pode ferir-se. Por conseguinte, a mente que se fere deve morrer, cada dia, para seus ferimentos, para que possa, em cada manhã, achar-se renovada, lúcida, sem máculas nem cicatrizes. Eis a verdadeira maneira de viver. 

 Jiddu Krishnamurti — 31 de janeiro de 1971